domingo, 9 de setembro de 2007

Cosmopolita cidade

Florianópolis tenta se enquadrar como uma cidade cosmopolita ou trata-se de um jogo de cena? Aquela idéia da "qualidade de vida" ainda reside no imaginário de alguns desavisados. O fato é que a Cidade teima em viver contradições - não é necessariamente uma situação incomum ou ruim. Sem querer traçar qualquer juízo de valor, ao sediar eventos de qualquer natureza, que exija o uso de espaço público, aflora o coro dos contrários. A idéia de ser cosmopolita envolve as condições de divergência, oposição e também tolerância. A multiplidade de situações que surgem e como elas são "administradas" é que se contitui em "chave" para tratar tais temas. No caso de Florianópolis, onde o conceito de Planejamento ainda não foi introjetado na mente dos "gestores públicos", tudo que ocorre nas ruas possui repercussões extremas. A Parada da Diversidade, do último dia 09 de setembro, é exemplar. Não deixa de ser também a Marcha de Jesus, as Procissões, a Festa de de Ano Novo, o Ironman, o aniversária da emissora de rádio, Planeta Atlântida e ... Tudo isso demanda, pelas características geográficas da cidade e de aspectos culturais da região, cuidados. Quando não providenciados, os efeitos contrários paracem sobressair àqueles que os eventos deveriam proporcionar. Eventos públicos, não confinados, exigem mudanças no trânsito. Quando isso ocorre na Ilha, a cidade para. As filas se espalham e espelham o despreparo. Talvez, num dia futuro, alguem acorde para planejar a cidade para as pessoas dela desfrutarem. Talvez a Cidade venha a organizar mais paradas, mais shows, mais feiras, mais tudo... Talvez se capacite para receber e dar condições para aqueles que a visitam lembrarem não apenas das praias - nos dias de sol. A cidade merece ser apreciada pelo que representa: uma lugar de convivência - para todas as tribos.

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