O título da postagem refere-se a uma matéria no The New York Times, na edição deste domingo. Pode ser lida em http://www.nytimes.com/2007/12/16/fashion/16disappear.html?ref=fashion. O tema da matéria é que os viajantes (ou serão os turistas?) estão se dirigindo para lugares que correm o risco de desaparecer ou já deram sinais de esgotamento, como é o caso do Kilimanjaro. Os destinos são os mais diversos: África, Amazônia, o Ártico, enfim ... lugares antes considerados apenas como destinos exóticos ou "românticos".
No meu entendimento o globo terrestre está sendo inserido no conceito de "liquidez" proposto por Zygmunt Bauman. A fluidez que marca as relações entre pessoas também alcança o processo de interação das pessoas com o ambiente físico. Nada é tão firme ou definitivo. Ao mesmo tempo em que vive-se da destruição dos recursos naturais, outros insistem em tornar lugares distantes em atração ou sei lá o quê. Não são situações vivenciadas por grupos ambientalistas, mas por pessoas que estão sendo tomadas por outros sentimentos.
Obviamente que a matéria do NYTimes não traz uma abordagem "sociólogica" das questões subjacentes às "aventuras". Pelo contrário, há, de certa forma, um toque de ironia. Cita como exemplo o caso Goa ter hotel 5 estrelas para receber os viajantes "preocupados" com o planeta. Não deixa de ser curioso o "pano de fundo": "aventurar-se" pelo mundo começa a ter conotações outras e o conforto está na "rota" dos viajantes. Nada comparado as experiência de Ernest Shackelton, Roald Amundsen, Robert Scott e outros exploradores de verdade.
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